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Reserva de emergência é o ponto de partida para entrar no mundo dos investimentos com segurança. Entenda o que é e como funciona.

A reserva de emergência é um valor que você vai destinar para fazer um “pé de meia” para não passar sufoco quando surge algum imprevisto. É uma reserva de emergência, um valor que você utilizará quando aparecer algum imprevisto. Existem várias opções para aplicar o dinheiro destinado para essa reserva, mas qual o melhor lugar para alocar?

Para tirar esta e outras dúvidas, confira este guia produzido pela Contabilidade Plantão Contábil, que responde tudo sobre o tema.

É importante reforçar que a reserva de emergência deve ser alocada em um investimento de baixíssimo risco. Essa reserva deve estar em um tipo de aplicação onde possua liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade.

Esclarecida a dúvida sobre onde guardar a reserva de emergência, é hora de aprender mais sobre esta proteção, fundamental para quem está começando a organizar a vida financeira.

Mas como começar? Com quanto? E (novamente) onde aplicar o dinheiro guardado? As respostas para estas perguntas você confere na sequência deste texto.  

Reserva de Emergência: o que é e para que serve

A reserva de emergência é uma economia realizada ao longo do tempo que seja capaz de bancar suas despesas mensais fixas por um determinado período, que deve ser acionada quando a pessoa sofre uma queda repentina de renda ou tem custos elevados também de maneira inesperada. 

Formar uma reserva de emergência é o primeiro passo para ter uma vida financeira equilibrada e para manter a saúde mental em dia. Esse “colchão” fornece tranquilidade psicológica para as pessoas, pois funciona como uma espécie de seguro para casos como uma demissão inesperada, o surgimento de uma doença na família ou outra situação imprevista. 

Quem deve ter reserva de emergência

Todas as pessoas devem ter uma reserva de liquidez. A reserva de emergência é essencial para o planejamento financeiro dos investidores que estão começando (e até mesmo para os mais experientes).

Ao mesmo tempo que fornece um colchão de proteção, impedindo que as pessoas entrem em dívidas, esse recurso também permite que a parte da carteira voltada para objetivos como aposentadoria seja alocada em produtos de longo prazo, tendo um retorno mais atrativo. Isso vale para todos os tipos de investidores: desde os iniciantes e conservadores até os experientes e agressivos.

Qual é o valor ideal

Para chegar nesse valor considerado ideal em uma família, por exemplo, é necessário saber exatamente quais os custos fixos que são pagos em um mês com aluguel, alimentação, transporte, entre outras despesas.  

Se você é um empregado CLT (com carteira assinada) e tem um custo mensal de R$ 6 mil por mês, deverá reservar este montante por pelo menos 6 meses, sugere. Isso significa que a sua reserva deverá chegar ao valor total de R$ 36 mil.

No caso de empresários e profissionais autônomos, a recomendação é que se tenha, pelo menos, 12 meses guardados do seu custo fixo essencial.

Como criar uma reserva de emergência

É muito difícil conseguir acumular uma reserva de emergência sem antes avaliar a própria vida financeira. Revisar todos os seus gastos – dos essenciais aos supérfluos – e fontes de renda é a melhor maneira de começar esse trabalho. 

Organize seu orçamento identificando gargalos financeiros e excessos, liberando espaço para realmente começar a poupar. Estabeleça um valor mensal para guardar e destine-o à reserva de emergência o mais cedo que conseguir – não espere “sobrar dinheiro” para poupar e investir, sob o risco de nunca sobrar nada para isso. 

Se possível, automatize essas economias, estabelecendo transferências agendadas mensalmente. Isso vai ajudá-lo a não contar com esses valores para bancar as despesas cotidianas da casa ou da família. 

Ainda mais importante do que o valor poupado é a consistência dessa economia, que é um ponto a favor dos mais organizados. Não pare de guardar dinheiro para a reserva de emergência até que ela tenha atingido o valor que você estabeleceu como sendo o ideal. 

Onde investir a reserva de emergência

A reserva de emergência valor deve estar em um tipo de aplicação onde possua liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade.

Quando estamos falando de liquidez imediata nos referimos a capacidade desse investimento se tornar dinheiro, retornar a sua conta corrente de maneira mais rápida possível, sem perdas.

É claro que a alta liquidez e o baixo risco têm um preço – e ele é cobrado na rentabilidade, que costuma ser menor do que a de produtos mais sofisticados. Por isso, o ideal é encontrar alternativas que ofereçam um retorno suficiente para, pelo menos, repor a inflação.

CDBs (certificados de depósito bancário) de grandes bancos – que paguem a taxa do CDI (pelo menos 110%) são os mais indicados, seguidos de aplicações no Tesouro Direto.

Confira também meu post sobre CDBs em um momento de alta da SELIC!

A escolha entre as opções mais indicadas precisa considerar as características de cada produto específico, com destaque para os custos. Como são alternativas de baixo risco e rentabilidade relativamente menor, custos operacionais elevados são um problema, já que podem abocanhar uma parcela considerável do retorno.

Para investir nos títulos Tesouro Selic, por exemplo, vale a pena buscar corretoras que não cobrem taxa de administração para intermediar os negócios. O mesmo vale para os fundos DI: ainda existem opções com taxa de administração desproporcionalmente elevada, em relação à rentabilidade que oferecem. É necessário evitá-los.

Sugestão de post: Como Investir no Tesouro Direto: Um Guia Completo

No caso dos CDBs de baixo risco, a remuneração normalmente é expressa como um percentual do CDI – como 100% ou 120% do CDI, por exemplo. É importante buscar taxas elevadas, mas atentar para o risco e a liquidez. Em geral, as remunerações mais generosas são oferecidas por instituições com maior risco de crédito ou em papéis que precisam ser mantidos por um prazo maior pelo investidor, não podendo ser resgatados a qualquer momento.

Quando usar a reserva de emergência

O nome já diz, mas não custa lembrar: a reserva de emergência só deve ser usada em urgências e situações inesperadas. Vale a pena pensar nela como uma espécie de seguro, em que o principal objetivo é ter, mas não precisar acionar.

Faz sentido recorrer a ela nos momentos em que há um aumento repentino das despesas – com saúde, educação ou dívidas imprevistas, por exemplo – ou uma redução brusca das receitas, causada por situações como o desemprego. Ela não serve para bancar gastos não essenciais, como o pagamento do cartão de crédito usado para consumo supérfluo ou férias e viagens.

Se o tempo passou, a reserva de emergência acabou e a renda continua baixa (ou as despesas extraordinárias, altas), é preciso avaliar o que fazer. “Quem não tem outros recursos deve reduzir os gastos mensais ao máximo e procurar fontes de renda alternativas. Vale inclusive pensar na venda de ativos que não estejam em uso, pensando em reduzir o risco de endividamento”, sugere Ilda.

Assim que a situação normalizar, é preciso tomar uma atitude mais drástica: elabore um orçamento mensal prevendo que você irá aplicar – sem falta – uma parte do seu salário nos investimentos da sua reserva de emergência. Transforme isso em um hábito que nunca deve ser esquecido ou abandonado.

Ainda tem dúvidas sobre investimentos? Entre em contato e envie a sua pergunta!

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Pedro Plantão Contábil

Pedro Henrique

Fundador e Contador do Escritório Plantão Contábil – Contabilidade Online para Profissionais da Área da Saude Formado pela UFU – Universidade Federal de Uberlândia, com registro no CRCMG sob nº 121901, dedica-se a instruir e a ajudar profissionais a prosperarem e a economizarem em impostos por meio de planejamento tributário e gestão financeira.


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